Rota Aldeias de Xisto

Onde a dureza do xisto da cor á paisagem


As Aldeias do Xisto situam-se na Região do Pinhal Interior, no Centro de Portugal num território de enorme beleza e que oferece infinitas possibilidades de lazer. .Nesta nossa sugestão iremos visitar como é compreensivel uma pequena parte deste património riquissimo numa viagem que esperamos se torne inesquecivel para si.

 Assim o nosso primeiro destino será a aldeia de xisto da Foz do Cobrão,situada no limite noroeste do Concelho de Vila Velha de Ródão, numa posição sobranceira ao rio Ocreza. Passaremos de seguida a conhecer o geomonumento designado por "Portas do Almourão", que proporciona ao visitante paisagens panorâmicas perante as quais é impossível ficar indiferente. Sugerimos agora uma pausa para almoço para degustar os verdadeiros "pitéus" que a gastronomia local tem para nos oferecer.

 Após o repasto rumaremos ao geomonumento desigado por "Portas do Ródão", que constitui o ex-libris natural de Vila Velha de Ródão e Nisa, onde o Tejo, o mais importante rio da Península Ibérica, corre entrincheirado, submisso, entre gigantes quartzíticos. As suas escarpas, outrora ponteadas por geométricos olivais estão hoje vestidas por densas manchas de urzais e estevais, matagais arborescentes compostos por medronheiro, folhado, lentisco, murta e por povoamentos de zimbro, associados ou não a outras espécies e dão abrigo a espécies de avifauna raras, como a cegonha negra, o grifo ou o bufo real. As suas margens albergaram as mais antigas comunidades humanas de que a Península Ibérica tem memória e testemunharam importantes movimentos militares, ao longo dos séculos. Por fim e como final de viagem rumaremos ao concelho de Vila de Rei para apreciar uma das belas aldeias de xisto aqui existentes de seu nome Àgua Formosa que se esconde entre a Ribeira da Corga e a Ribeira da Galega, numa encosta soalheira. À chegada, recebe-nos o sossego, intercalado com o som da água por entre as pedras dos leitos das ribeiras. Aqui ainda se encontram evidências das tradições antigas, como os vários fornos a lenha espalhados pela aldeia; mas também evidências de tradições ligadas à utilização da força da água, num enquadramento natural que evidencia o melhor da relação entre Homem e Natureza.

Sobre os Locais da visita

Vale Mourão é uma impressionante garganta escavada pelo Rio Ocreza denominada "Portas do Almourao" nos últimos dois milhões de anos, que divide a Serra das Talhadas em duas poderosas cristas quartzíticas. Caminhar no interior deste desfiladeiro com 400 m de profundidade é fazer uma viagem no tempo até há quase 500 milhões de anos, até uma época em que os duros quartzitos eram finas areias depositadas no fundo de um vasto oceano. Uma megacolisão continental e 140 milhões de anos foram necessários para deformar estes sedimentos e transformá-los em rochas metamórficas, para erguê-los dos fundos marinhos aos cumes mais elevados destas montanhas, há mais de 300 milhões de anos

As "Portas de Ródão" constituem o ex-libris natural de Vila Velha de Ródão, onde o Tejo, o mais importante rio da Península Ibérica, corre entrincheirado entre gigantes quartzíticos. Classificadas Monumento Natural a 20 de Maio de 2009, as "Portas de Ródão" constituem um lugar único pelos seus valores geológicos (garganta epigénica de Ródão), paisagísticos (Serra das Talhadas, sítio Natura 2000), arqueológicos (Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo, estações de Vilas Ruivas e Foz do Enxarrique, Conhal do Arneiro), históricos (Castelo de Ródão, monumento nacional classificado) e biológicos (flora autóctone, e mais de 170 espécies de fauna, algumas raras em Portugal).

A aldeia de Água Formosa é indicada como uma das mais antigas do concelho de Vila de Rei. O concelho foi criado por foral do rei D. Dinis, em 19 de Setembro de 1285, havendo registos muito antigos da sua fundação. Desde o século XIV, que a Ordem dos Templários e a Ordem de Cristo contribuíram para o povoamento, defesa e desenvolvimento destas terras, no entanto terão sido os Celtas e depois os Romanos, os primeiros habitantes, destacando-se a exploração do ouro como uma das actividades económicas mais rentáveis, existindo hoje múltiplos exemplos (e.g. conheiras) espalhados pelo concelho.Mas sendo o concelho e Vila de Rei, de zona geologicamente muito antiga, é possível encontrar fósseis e outros vestígios pré-históricos, sendo por isso provável que povos muito mais antigos por aqui tenham vivido.